quarta-feira, 14 de abril de 2010

A verdade é que eu sempre mudei as coisas, o cabelo, as roupas, os lugares, os pensamentos, as namoradas e as trilhas sonoras. E nunca me importei com a arruaça que eu costumava fazer ao longo das noites pelas ruas da cidade vazia de fé em mim.
Parece que foi ontem que eu arrancava com as mãos os posteres da parede do meu quarto da casa da rua Francisco Esmeraldo, parece que foi ontem que eu chorava ao ver minhas malas prontas na casa da Visconde de Maua. Foram tantos lugares, tantas pessoas, tantos sorrisos, que mesmo parecendo ter sido ontem, os escrevo como se fossem eternos... e serão.
Ainda me emociono ao lembrar de quando pegava o telefone e ia até a janela da cozinha e ligava para todos meus amigos numa sexta-feira cinzenta, lembro da voz deles, lembro do caminho até a casa do Alan e de quando chegava la e avistava ja da esquina uma longa noite pela frente atraves do riso dos meus melhores amigos.
Mas agora eu mudei de vez, da pior forma, da forma que eu perdi o toque de tudo aquilo, eu fiz a pior das mudanças. Talvez por conta de que aqui nada esta dando certo, nao combino com ninguem, nao me sinto satisfazendo ninguem, aqui não é meu lugar e para piorar, este nao sou eu e isso é muito foda. Não me vejo fazendo alguem sorrir, nao me vejo montado nas costas de ninguem, não me vejo em mim.
Minha tristeza nao tem nenhuma dona como estão pensando, a minha tristeza tem um nome: EU, o novo eu.
Sei la, deve ser o cheiro desse lugar, o cheiro das pessoas novas, pode ser até um exageiro meu, tudo bem que eu sempre fui muito dramatico, mas puta que o pariu, São Paulo faz falta.

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